Yeda Crusius - O grito

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Ao intitular a matéria da governadora gaúcha Yeda Crusius como “O grito”, e utilizar a imagem da mesma e seus dois filhos num momento de desespero, o jornal “O globo” mostra uma relação de intertextualidade com um dos quadros do norueguês Edvard Munch. A obra “O grito” é uma das mais ilustres pinturas do artista, a qual representa uma pessoa num momento de extremo desespero e agonia, onde o olhar do personagem transmite medo e aflição.

Yeda Crusius aparece gritando na foto publicada pelo jornal, provavelmente, com os professores que estavam protestando contra ela, e sua aparência se assemelha à personagem do quadro. Observamos assim, uma intertextualidade implícita com a matéria, pois caso o leitor não conheça Edvard Munch e sua obra, poderão não entender o intertexto da mesma, base central da publicação.

Outro aspecto a ser notado é que a dor da obra “O grito” está presente não apenas no personagem, mas também no fundo, como podemos notar isso na foto de Yeda, pois o olhar dos seus netos demonstram medo e aflição.De certa forma o intuito do jornal a fazer tal "comparação" foi de ridicularizar o Grito de Yeda com os professores, utilizando uma paródia para expor o fato ocorrido de forma trocista.

A sociedade brasileira é marcada pela cordialidade. Essa que, com um aspecto de afeição, possibilita uma conexão maior entre as pessoas. O povo brasileiro tem uma necessidade de demonstrar relação efetiva com os que estão ao seu redor. Herança qual herdamos dos nossos colonizadores portugueses.
O homem cordial age a partir do coração sem nem um pouco de racionalidade. E Devido a essa relação de intensa afetividade que o brasileiro tem para com o seu próximo, Sérgio Buarque afirma que isso atrapalha o crescimento da sociedade, em situações onde são necessários passar por conflitos e embates. Isso faz com que a nossa sociedade não consiga lidar com uma cultura burocrática e democrática.

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