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6957 palavras 28 páginas
CAPÍTULO 2
ORALIDADE E ESCRITA

2.1 Contextualizando
Você deve ter percebido, no capítulo anterior, que há alguns mitos a respeito do funcionamento da língua e de algumas coisas que aprendemos, as quais são, na verdade, formas de se entender o processo de comunicação. Já percebemos que não há apenas uma forma de se compreender a gramática e que a Gramática Normativa é apenas uma dessas formas. Outra coisa que muito se escuta a respeito da língua portuguesa é que ela é difícil por sua estruturação, mas as palavras não são assim tão difíceis, exceto por alguns detalhes de ortografia, por exemplo, aquilo de se escrever uma palavra com “x” ou com “s”. Mas será que é verdade que a gente fala como se escreve ou escreve como se fala? Se repararmos, falamos muita coisa que não se vê escrita, pelo menos, não em documentos oficiais, em textos acadêmicos, em notícias de jornal etc. Quer ver um exemplo? Você está procurando um amigo. No shopping, encontra outra pessoa, um amigo comum seu e do amigo que você procura. Imediatamente, ao ver esse amigo em comum, você pergunta: “Cê viu fulano?”. E seu amigo, prontamente, responde: “Nos últimos instantes, não o vi. Não obstante, ao vê-lo, digo-lhe que tu estás a sua procura”. Já imaginou como você se sentiria? Não teria vergonha de ter-lhe dito “Cê”? Você não acha que seu amigo é esnobe demais? Quem estava mais adequado ao se expressar nessa situação? Você, que se mostrou próximo, descontraído, camarada, ou seu amigo, que se pautou pela Gramática Normativa para se comunicar consigo em uma situação extremamente informal?

Leitura e Produção de Textos

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Capítulo 2

Por certo, ambos fizeram escolhas, ambos estabeleceram parâmetros distintos para a comunicação, e isso ficou marcado pela forma com que tomaram a língua portuguesa, que algumas pessoas dizem ser escrita e falada de forma igual. Neste capítulo, vamos descobrir que os iguais não são tão iguais assim e que, para se comunicar corretamente, oralidade e escrita,

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