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Janelas Quebradas ao Tapa na Cara
13/08/2013 | Publicado por Ronaldo Ribeiro em Violência - (1 comentário)
A experiência novaiorquina nos ensina o seguinte: em tempos de cansaço em função dos efeitos terríveis da alta criminalidade e da violência, é mais fácil legitimar políticas públicas que vão contra direitos básicos do cidadão.

Por Ronaldo Ribeiro, de Washington

Acaba de ser considerada inconstitucional a infame prática da polícia novaiorquina de parar aleatoriamente qualquer suspeito nas ruas para revistá-lo, no que constitui o “stop-and-frisk” (em tradução livre, “parar e revistar”). Infame porque qualquer sinal considerado suspeito poderia ser levado em conta por um policial ao decidir parar um cidadão novaiorquino. De acordo com depoimentos usados por uma juíza federal para declarar a prática inconstitucional, com frequência objetos como carteiras, caixas de óculos e aparelhos de MP3 estavam sendo erroneamente percebidos como sendo armas. Claro, isso estava acontecendo em regiões de altas concentrações de negros e hispânicos. O Wall Street Journal nos informa que, dos quase 4,5 milhões de pessoas paradas e revistadas desde 2004, 88% são negros ou hispânicos, a grande maioria deles residentes do bairro Bronx. Como se sabe, este bairro é bem distante do destino dos endinheirados e dos sacoleiros que vão a Nova Iorque fazer a festa nas compras. Não se vê o “stop-and-frisk” na 5ªAvenida em Manhattan.

Para determinar que tal política fere direitos previstos na Constituição americana, a juíza federal enfatizou o caráter “indigno e humilhante da experiência”. Em contraste, no seu discurso na noite de ontem, o prefeito Michael Bloomberg ofereceu números sobre a diminuição dos crimes na cidade desde a implantação da política de “parar e revistar”.

Bloomberg é reverenciado por boa parte da opinião pública americana não só como o bilionário dono da sétima fortuna do país mas principalmente como o prefeito que deu continuidade as políticas de segurança

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