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A Revolução Científica

A Revolução Científica, que se tratou de um fenómeno europeu, abrangeu os séculos XVI-XVIII, época em que o pensamento científico começou a ser considerado e aplicado. Os modelos matemáticos substituíram as ideias abstractas, como as “simpatias” e as “virtudes inatas”, como formas de explicação do funcionamento do mundo. O Renascimento foi marcado pela ambiguidade. De facto, mesmo os indivíduos mais esclarecidos, acreditavam nos resultados das descobertas científicas e simultaneamente em antigas crenças, magias e superstições. Em Inglaterra o contexto político-religioso motivado pela separação da Igreja Católica (1534) durante o reinado de Henrique VIII, fortaleceu ainda mais a difusão das novas ideias culminando com a publicação em 1611 da 1ª versão da King James Bible recorrendo a textos gregos e hebraicos, usando a filologia como método científico para a descoberta da melhor tradução. A invenção da imprensa (1440), que desempenhou um importante papel, como instrumento de divulgação do conhecimento, marcou o Renascimento inglês, destacando-o em áreas, como a literatura e a música. Os primórdios daquilo que se entende por ciência moderna, foram marcados por Robert Grosseteste (1168-1253), professor do Merton College, Oxford, e o seu aluno Roger Bacon (1219-1292), que defenderam que a geometria e os modelos matemáticos eram a base da compreensão do mundo, muito antes de Copérnico (1473-1543) demonstrar a seu modelo matemático heliocêntrico, comprovado mais tarde por Galileu por intermédio do telescópio. Mas, se quisermos traçar o nascimento do que designamos por Revolução Científica na Grã-Bretanha, é necessário falarmos de três figuras de influência que despontaram cerca de 1600, e que todas elas pertenciam a um círculo restrito de conselheiros da família Real, a monarca Elizabeth I, James I e talvez o mais importante, o princípe Henry, filho mais velho de James I, que morreu na adolescência. São eles Francis