Winnicott

Winnicott, D.W. Teoria do relacionamento paterno-infantil (1960). In: O ambiente e os processos de maturação; Porto Alegre. Artes médicas, 1988.

Neste presente trabalho busca-se ressaltar os principais pontos sobre a teoria do relacionamento paterno infantil segundo Winnicott.
O autor afirma já na introdução, que a infância é o período em que agrupar fatores externos para dentro da área de onipotência da criança, está no processo de formação. Este lactente não é capaz de controlar o que de bom ou ruim, pois ocorre no ambiente. O lactente e o cuidado materno juntos formam uma unidade e a criança conta com o auxílio da mãe para viver e se desenvolver. E estes se separam e se dissociam na normalidade.
O autor ressalta que a dominância do principio do prazer pode chegar ao fim quando a criança atingiu uma separação psíquica completa dos pais.
A tendência no sentido do crescimento e do desenvolvimento é um potencial herdado, e este último não pode se tornar um lactente a menos que esteja ligado ao cuidado materno.
No texto, o cuidado paterno satisfatório, é classificado em três estágios superpostos: Holding, mãe e lactente vivendo juntos e pai, mãe e lactente, todos vivendo juntos. O termo holding utilizado se refere além do segurar físico, mas a relação espacial ou em três dimensões com o fator tempo gradualmente adicionado.
O desenvolvimento do lactente durante a fase de holding
É neste estágio que processo primário, identificação primária, auto-erotismo e narcisismo primário são realidades vivas. Nele, o ego não estruturado transforma-se em uma integração estruturada.
O lactente pode experimentar a ansiedade associada à desintegração.
O resultado do progresso normal do lactente durante esta fase é chegar ao “estado unitário”: o lactente se torna uma pessoa, com individualidade própria.
Como um desenvolvimento normal vem à existência, o que o autor chama de membrana limitante: posição entre o “eu” e o “não-eu” do lactente. O lactente passa a ter um interior e um