winicoot

924 palavras 4 páginas
Preocupação materna primária
Para Winnicott a criança nasce indefesa. É um ser desintegrado, que percebe de maneira desorganizada os diferentes estímulos provenientes do exterior. O bebê nasce também com uma tendência para o desenvolvimento. A tarefa da mãe é oferecer um suporte adequado para que as condições inatas alcancem um desenvolvimento ótimo.
A preocupação materna primária corresponde a um estado organizado (que seria uma doença no caso de não existir uma gravidez) e pode ser comparada a um retraimento ou dissociação, na qual um determinado aspecto da personalidade prevalece temporariamente. Em um primeiro momento, a mãe parece padecer de uma doença esquizoide ou regressiva, porém temporariamente, já que tende a se recuperar dela algumas semanas ou meses após o parto. O autor destacou que ela se torna ensimesmada, retraindo-se e deslocando o foco de sua atenção de todos os interesses anteriores, como se estivesse deslocando todos os seus sentidos para o bebê. Winnicott enfatizou a necessidade de a mãe ser suficientemente saudável para adoecer dessa forma especial neste período, assim como para retomar, gradativamente, suas atividades e interesses pessoais, recuperando-se desse estado. Winnicott cunhou o termo preocupação materna primária para se referir a um estado psicológico muito especial da mãe, que a torna sensível às necessidades básicas de seu filho. Tal estado tem início ainda na gestação, sendo acentuado no seu final, estendendo-se até as primeiras semanas ou meses após o parto. Dificilmente as mães o recordam depois que o ultrapassam, sendo que essa lembrança tende a ser reprimida. De acordo com Winnicott, a base para todas as teorias sobre o desenvolvimento humano é a continuidade do ser, que tem início antes do nascimento propriamente dito do bebê, ou seja, o nascimento ocorre antes do parto concreto. Para que o potencial herdado seja desenvolvido em continuidade com a linha da vida, a presença de um ambiente facilitador é fundamental. O

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