WILLIAM BLAKE

7564 palavras 31 páginas
Quando William Blake (1757-1827) morreru, a opinião geral era de que ele, embora brilhante, fosse louco. O veredito de Wordsworth era: “não há dúvidas de que esse pobre homem era louco, mas há algo na loucura dele que me interessa mais que a sanidade de Lord Byron e Sir Walter Scott”. Essa mesma opinião era compartilhada por
Ruskin, que achou seu estilo “doente e selvagem”, mas sua mente “brilhante e arguta”.]
Na presente edição a Iluminuras escolheu duas obras-primas do “Visionário
Apocalíptico”: O Matrimônio do Céu e do Inferno e O Livro de Thel.
O Matrimônio do Céu e do Inferno consiste numa seqüência de aforismos paradoxais, nos quais Blake estuda a moralidade convencional, proclamando que o homem não se reduz à dualidade alma=bem e corpo=mal, mas que o “homem não tem um corpo distinto da sua alma... energia é a substância vital e vem do corpo...”.
Blake relembra Milton afirmando que este era “... um verdadeiro poeta alinhado com o demônio, sem o saber...”. Ainda no Matrimônio, Blake passa por uma série de encontros com anjos e profetas e termina com uma evocação do Anjo tornado Demônio
“... que é seu amigo particular; nós muitas vezes lemos a Bíblia em seu sentido infernal e diabólico...”.
O Livro de Thel apresenta a jovem Thel lamentando a transitoriedade e a mutabilidade às margens do rio de Adona; respondem-lhe o lírio, a nuvem, o verme e a terra que lhe asseguram que quem ama o humilde aprecia mesmo o mais desprezível.
Esta sabedoria relativamente convencional é desafiada no momento em que Thel visita a casa de Clay, vê os leitos dos mortos e ouve “uma voz de tristeza” sussurrar um protesto caracteristicamente blanqueano contra a hipocrisia e a repressão.

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IMAGEM DE BLAKE
José Antônio Arantes

Doze de agosto de 1827, 3 Fountain Court, Strand, Londres: assistido pela mulher,
Catherine Sophia Boucher, Wllliam

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