Warburg - la serpiente

12768 palavras 52 páginas
Dossiê Warburg
Organização Cezar Bartholomeu
A obra de Aby Warburg (1866-1929) investiga uma “iconologia do intervalo”. Busca-se expor sua obra, publicando a Introdução ao Atlas Mnemosine, bem como quatro das pranchas que constituem visualmente seu pensamento. O dossiê é complementado pelo texto de Giorgio Agamben, que apresenta Warburg enfatizando sua compreensão aberta e negativa da história.
A decisão de constituir um pequeno dossiê em torno da obra de Aby Warburg reitera a recuperação crescente da produção desse historiador e a importância atual de seu pensamento, que articula a história da arte à história cultural. Essa articulação, como bem evidencia Agamben em seu texto Aby Warburg e a ciência sem nome, escrito em 1975, não é simplesmente metodologia de história da arte que se possa aplicar indiscriminadamente
– o papel da obra de arte no pensamento de Warburg não é o de objeto passivo a ser contextualizado na cultura a partir de uma relação fixa. Ao contrário, o que motiva
Warburg e o torna importante para a história da arte, sobretudo hoje, é que, para ele, compreender a arte demanda transitar seja na dimensão histórica, a partir do conceito de pathosformel, seja na dimensão da cultura, extrapolando, assim, os limites da história da arte tal como a concebemos classicamente.

descentramento da obra como conhecimento no campo da cultura (como centro da espiral).

É indicativo que Agamben caracterize essa
“ciência sem nome”, formulada por Warburg, a partir de uma figura. Warburg foi o primeiro historiador a fazer uso de imagens em suas aulas e palestras. A imagem, no entanto, não é algo que ilustre o pensamento, mas que o provoca a sair de si mesmo, a partir.
A espiral surge no texto de Agamben como figura complexa do duplo trânsito, com a qual se compreende facilmente que a arte não apenas disponibiliza a imagem da sobrevivência histórica (como fim da espiral), mas, também é imagem do movimento de

É de interesse pensar

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