viver em risco

1232 palavras 5 páginas
O livro Viver em Risco, é importante para a análise da questão social no capitalismo e da vulnerabilidade e pobreza na contemporaneidade, cujos impactos diversos são refletidos nos principais centros urbanos. O livro divide-se em duas partes. Na primeira, os textos abordam a questão da pobreza, da vulnerabilidade e da marginalização, a partir de olhares cruzados sobre suas características e seu debate nos Estados Unidos, na França e no Brasil. No segundo, o autor faz uma análise de como a vulnerabilidade e a pobreza se refletem sobre as condições de habitação e sobre o cotidiano dos trabalhadores de baixa renda no Brasil, com base em uma pesquisa histórica, etnográfica e sociológica efetuada em cortiços, periferias e favelas da cidade de São Paulo. Analisando o avanço da pobreza e da marginalização nesses países, o autor mostra como, nos Estados Unidos, essa discussão está fortemente consolidada sobre o termo underclass, cujo seu uso foi iniciado a partir de 1960 e tinha por objetivo denominar a marginalização de uma mão de obra pouco qualificada no mercado de trabalho. Naquela década, a convicção progressista de que a afluência da sociedade norte-americana também motivava a existência de uma underclass impulsionou uma série de políticas de "combate à pobreza". Entretanto, também apareceram estudos em que a caracterização do que se chamou de "cultura da pobreza" serviu de alavanca para que o conservadorismo norte-americano retomasse os velhos termos estruturadores da visão sobre o pauperismo do início do século XIX. Tratava-se então da culpabilização da vítima, de responsabilizá-la pela sua situação, uma vez que a pobreza passou a indicar não a falta de oportunidade, mas a falta de vontade e energia para o trabalho, gerando o indivíduo desocupado, vagabundo e cheio de vícios. A retomada dessa visão conservadora, especialmente a partir dos anos de 1980, acelerou o ataque às políticas públicas de combate à pobreza, uma vez que estas passaram a ser tomadas como

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