Visão Reallista

1922 palavras 8 páginas
Universidade Federal de Uberlândia
Instituto de Economia
Bacharelado em Relações Internacionais
A Guerra do Peloponeso analisada pela visão realista

A Guerra do Peloponeso pode ser definida como a disputa entre Atenas e seu império contra Esparta e outros membros da Liga do Peloponeso, entre 431 e 404 a.C. A guerra é vista como um paradigma de luta entre uma democracia comercial e grande potência marítima, e uma aristocracia agrícola e potência militar terrestre. (FUNARI, 2006)

“As causas estruturais de um conflito bélico ligam-se aos interesses econômicos e políticos subjacentes às relações entre os contendores, e, no caso da Grécia do século V a.C., os atores políticos eram múltiplos, a começar pelas cidades que se contrapunham umas às outras. Os motivos das disputas eram estratégicos; no sentido estrito, relacionavam-se à disputa por território entre cidades vizinhas que disputavam fronteiras e entre cidades que disputavam o acesso a outras regiões, em especial às fontes de abastecimento. Essas rivalidades territoriais eram, portanto, o motor primeiro das constantes lutas entre as cidades.” (FUNARI, 2006, p. 27)

As cidades gregas eram também caracterizadas pela heterogeneidade social e política com conflitos no interior de cada uma, o que criava um elemento a mais de instabiliade política moldando as alianças estratégicas. No interior de uma mesma cidade havia divergências e decisões militares que nem sempre seguiam uma única linha estratégica. Havia, portanto, múltiplos fatores a condicionar as batalhas e mesmo o curso geral da guerra. (FUNARI, 2006)
Os espartanos preocupavam-se com a sua segurança interna, devido à influência democrática poderia exercer nas populações submetidas e nos seus vizinhos na península do Peloponeso. Já os atenienses almejavam os benefícios de uma liderança marítima e comercial. (FUNARI, 2006)
A principal origem da guerra, porém, foi o crescimento do poder de Atenas, que amedrontava os espartanos após a vitória grega

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