Visão interacionista entre o brincar e a educação infantil
As crianças exploram o imaginário como um elemento intrínseco a sua vida, as brincadeiras, jogos povoam este espaço enriquecendo suas vivências com os outros e o mundo que a circunda. As brincadeiras e jogos infantis têm as suas características e evolução, vão desenvolvendo-se de acordo com a fase do desenvolvimento inserida a criança e as suas vivências com o meio. Desde o período sensório-motor, que a criança ao explorar o espaço e descobri-lo ao jogar com regras no período pré-operatório já realiza brincadeiras sociais.
O interacionísmo é a interação entre o indivíduo e a cultura, onde, para Vygotsky, é fundamental que o indivíduo se insira em determinado meio cultural para que aconteçam mudanças no seu desenvolvimento. O professor de Educação Física é o profissional de extrema importância nesta fase, pois auxilia por meio de atividades lúdicas o desenvolvimento das capacidades motoras, sociais, cognitivas além de estimular a auto-estima e a criatividade.
A brincadeira povoa o universo infantil desde os tempos mais remotos da História. Através dela a criança apropria-se da sua imagem, seu espaço, seu meio sócio-cultural, realizando inter e intra-relações. Segundo o Referencial Curricular para a Educação Infantil, o Brincar é um precioso momento de construção pessoal e social, é permeado pelo eixo de trabalho Movimento, onde a criança movimenta-se construindo sua moralidade, afetividade perante as situações desafiadoras e significativas presentes no brincar e inerentes à produção social do conhecimento. A educação na visão piagetiana deve possibilitar à criança o desenvolvimento amplo e dinâmico durante todos os seus estágios. A escola deve, assim, levar em consideração os esquemas de assimilação da criança, favorecendo a realização de atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrio (“conflitos cognitivos”) e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do