Visita Domiciliar

VISITA DOMICILIAR

A visita domiciliar surge com o foco de normalização social, com vistas a que as famílias fossem alvo de vigilância e ,portanto, tivessem sua organização regulada pelo Estado, que se utilizava de entidades religiosas e filantrópicas para este fim. Esta concepção, entretanto, com o decorrer dos anos, considerando os diversos determinantes históricos que orientaram a construção da identidade do Serviço Social no Brasil, acabou sendo redimensionada. Hoje é considerada um instrumento que potencializa as condições de conhecimento do cotidiano dos usuários, no seu ambiente de convivência familiar e comunitária, possibilitando a intervenção dos assistentes sociais na defesa e garantia dos direitos humanos. Podendo assim observar aspectos que escapam a entrevistas em salas. O profissional para responder as demandas sociais deve ser capacitado para identificá-las sendo necessário que possuam preparo técnico e intelectual tendo em vista que estará intervindo na realidade do usuário. E para entender a situação em que está intervindo requer disponibilidades e habilidades específicas. As habilidades se referem ao modo como o profissional age durante a visita domiciliar, que tendem também a se diversificar dependendo do espaço sócio ocupacional que se insere a profissão. A opção pela visita domiciliar se depara com limites e possibilidades inerentes a sua utilização. Os limites dão conta do fato do profissional não conseguir previamente identificar rotinas da família que possam impedir a efetividade da visita domiciliar. Pode ocorrer situações do cotidiano daqueles sujeitos, que dificultem as condições ideais para uma entrevista com um outro membro da família, pelo fato de estarem, muitas vezes em grupos em suas casas e essas, de modo geral, não terem a proteção necessária ao sigilo. O profissional, nesse sentido, precisa estar atento aos possíveis imprevistos e realizar a sua intervenção, sempre compreendendo a ética profissional não