Virtù e Furtuna em MacBeth

2485 palavras 10 páginas
História das Idéias Políticas e Sociais
Prof.: Heloísa Starling
Aluna: Flávia Regina Alves de Oliveira

Virtù e Fortuna em “Macbeth"

Este trabalho pretende conceituar as idéias de virtù e fortuna presentes no livro “O Príncipe” de Maquiavel. O texto, também, se propõe transportar tais conceitos para o livro “MacBeth”, de William Shakespeare.
A história humana, como afirmou Marc Bloch (1993), é o estudo do homem no contexto do seu tempo. Mas a nossa história dos homens em sociedade nos leva a enxergar uma natureza belicosa existente no tempo e no espaço, compreendida na própria existência humana. Uma história de guerras, conquistas, derrotas e vitórias. Por essa razão, vale recuperar uma das perguntas centrais em “O Príncipe” de Maquiavel: como reconhecer a força necessária capaz de manter um Estado? Eis uma questão válida para refletir sobre o valor da guerra na conservação dos principados liderados por homens de valores próprios e tidos como dignos da soberania. Príncipes almejantes da glória e da arte de bem governar pela lei e pelas armas. Homens espelhados na visão histórica, renascentista e política de Maquiavel.
É no cenário da Renascença italiana que Nicolau Maquiavel escreve a sua mais famosa obra, “O Príncipe” (1513), na qual realiza uma análise política consistente sobre como deve agir um soberano para manter um governo já existente ou conquistar um novo. É nesse contexto que o autor introduz o conceito de virtù e fortuna.
Na perspectiva cristã, que exerceu forte influência sobre a moral medieval, o homem virtuoso é aquele que privilegia os valores espirituais em detrimento de interesses materiais e é capaz de tornar um hábito a realização do bem. O cristão temente a Deus, encontra o fundamento de todo bem na ordem divina: o que é bom ou mau está de certa forma definida a priori. Por exemplo, “todo bom cristão sabe” que: é mau mentir; é bom manter a palavra dada; é mau ser cruel e vingativo; é bom ser piedoso e perdoar as ofensas; é mau

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