Violência contra crianças e adolescentes

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No Brasil a mudança no conceito e na atenção à infância tornou-se visível no final do século XIX e inicio do século XX, com a ascensão das idéias republicanas. Inicialmente, os cuidados visavam apenas à infância pobre, e era realizada pela Igreja, com suas ações de caridade e acolhimento à criança pobre e abandonada.
Devido ao número de crianças abandonadas, no período colonial, foram instaladas as conhecidas Rodas dos Expostos, onde as mães podiam deixar seus filhos de forma que não fossem identificadas e não abandoná-los nas ruas.
Inicialmente foram implantadas três rodas no país: a de Salvador (1726), Rio de janeiro (1738) e em Recife no ano de 1789.
A Casa dos Expostos em Recife foi criada pelo governador D. Tomás José de Melo com o objetivo de desestimular as práticas infanticidas e proteger a honra de homens e mulheres de família, dando-lhes a alternativa de se livrar dos frutos proibidos ou espúrios oriundos de relações incertas ou duvidosas, ao abandonar o bebê na instituição sob o anonimato (NASCIMENTO, 2006).
As rodas passam a atender as crianças abandonadas, que ao invés de deixadas nas ruas, eram levadas para as rodas, no entanto não impedia a morte dos “expostos”. Pois, dentro das instituições as condições de acolhimento eram precárias e insalubres, levando a morte da maioria dos acolhidos.
A autora Nascimento (2009), nos relata que a alta mortalidade era uma constatação recorrente. Em seu livro cita dados de um relatório apresentado à Assembléia pelo então Presidente da Província de Pernambuco Francisco do Rego Barros no ano 1838, retratando que entre os anos de 1834 e 1838 entraram na Casa dos Expostos, situado no centro da cidade do Recife, 394 crianças e faleceram 311, ou seja, entorno de 78,9%.
No final do século XIX, reflexões referentes às condições da infância passaram a ser debatidos em meio aos juristas, médicos, advogados, conhecidos também como a elite letrada do país. Os discursos eram fundamentados na nova ordem republicana e

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