vigia

1159 palavras 5 páginas
Castoriadis, inicia o texto com seguinte questionamento: " existiria uma teoria da instituição?". O autor responde: certamente não. "Não posso fazer a 'teoria' da instituição porque estou dentro dela..." (p.158). Não é possível inspecionar uma instituição por meio de outra instituição. O autor explica, por exemplo, como seria difícil inspecionar uma instituição como a linguagem, "pois é, ela também, uma instituição, talvez a primeira e a mais importante das instituições?"(p.157). Sempre que qualquer individuo pretenda analisar a história, sua própria sociedade ou outras sociedade, faz a partir de um ponto de vista. Mas do que isso, faz a partir de propósitos e em relação a um fazer. Com essa afirmativa Castoriadis não quer dizer que a ciência é impossível ou que portanto esse conhecimento não tenha valor. Não é difícil perceber, segundo o exemplo que ele dá, a distinção entre um estudo histórico ou antropológico e a mera definição. Raciocinando sobre antropologia, Castoriadis, nos diz que: não faz sentido um conhecimento sobre outros povos que não parta do ponto de vista e da cultura do pesquisador. Pois se o antropólogo conseguisse se despir de toda a sua cultura para imergir no mundo do povo que ele estuda, já não seria um antropólogo, mas sim alguém daquele povo. Existe, portanto, uma dependência profunda entre o que penso e o que digo e isso é somente um exemplo da prevalecia, mais ainda, da penetração de parte a parte, em cada um de nós, daquilo que é instituído em nossa sociedade natal. P.159 Pode-se dizer então, como foi dito há pouco, que a teoria é o questionamento da instituição? No entanto é preciso constatar que essa reflexão só é possível em uma só linguagem de sociedade: a linguagem europeia ou grego ocidental. Para o autor a simples constatação de colocar em questão a instituição implica enorme ruptura histórica. Ruptura vista apenas duas vezes na historia da humanidade: na Grécia antiga e na Europa ocidental a partir do fim da alta idade Média. Esta

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