Vida e obra de Joaquim Manuel de Macedo
Filho de Severino de Macedo Carvalho e Benigna Catarina da Conceição, Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí em 24 de junho de 1820. Em 1844 formou-se em Medicina no Rio de Janeiro e, no mesmo ano, estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, A Moreninha, que lhe deu fama e fortuna imediata. Alguns estudiosos consideram que a heroína do livro é uma clara transposição da sua namorada, e futura esposa, Maria Catarina de Abreu Sodré, prima-irmão de Álvares de Azevedo.
Dentre suas múltiplas atividades, Macedo foi orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em1845. Trabalhou no magistério, como membro do Conselho Diretor de Instrução Pública na Corte e lente de História do Brasil, e, a partir de 1858 foi professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, onde permaneceu até sua morte.
Em 1849 fundou juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto-Alegre, a revista Guanabara, onde publicou grande parte do seu poema-romance, A nebulosa (considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo). O romancista também atuou no espaço público do teatro, através da dramaturgia, e como membro do Conselho do Conservatório Dramático do Rio de Janeiro, onde era censor. Na Academia Brasileira de Letras é o patrono da cadeira de número 20.
Abandonou a medicina e criou uma forte ligação com Dom Pedro II e com a Família Imperial Brasileira, foi professor dos filhos da Princesa Isabel.
Atuou decisivamente na política, tendo militado no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares, conforme relatos da época. Durante a sua vida política foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-1859) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Em 11 de abril de 1882, depois de sofrer durante dois anos de uma doença possivelmente de origem mental, Joaquim Manuel de Macedo, falece.
Obras:
Romances: A Moreninha (1844), O Moço Loiro (1845), Os