Vicios de linguagem t1 /mbfe1
A gramática possui um conjunto de regras gramaticais que estabelecem a ‘norma padrão’, ou seja, a norma culta da língua. Quando o falante, por desconhecimento dessas normas, causa um desvio na fala ou na escrita, ele está cometendo um vício de linguagem. Esse processo é bem diferente daquilo que se chama licença poética. São devidas, em grande parte, à suposta ideia da afinidade de forma ou pensamento.
Esses vícios se tornam tão corriqueiros que acabam se tornando parte do cotidiano. Alguns exemplos são:
* “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”
Correto: Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão. * “Cor de burro quando foge”
Correto: Corro de burro quando foge! * “Quem tem boca vai a Roma” Correto: Quem tem boca vaia Roma. * “Cuspido e escarrado”
Correto: Esculpido em Carrara. (Carrara é um tipo de mármore) * “Quem não tem cão, caça com gato”
Correto: Quem não tem cão, caça como gato... (ou seja, sozinho) * “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro”
Correto: Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.
Para melhor entendimento, os vícios de linguagem são dividos em: barbarismo, anfibologia, cacofonia, eco, arcaísmo, vulgarismo, estrangeirismo, solecismo, obscuridade, hiato, colisão, neologismo, preciosismo, pleonasmo.
1. BARBARISMO:
É o vício de linguagem que consiste em usar uma palavra errada quanto à grafia, pronúncia, significação, flexão ou formação. Assim sendo, divide-se em: gráfico, ortoépico, prosódico, semântico, morfológico e mórfico.
• Gráficos: hontem, proesa, conssessiva, aza, por: ontem, proeza, concessiva e asa.
• Ortoépicos: interesse, carramanchão, subcistir, por: interesse, caramanchão, subsistir.
• Prosódicos: pegada, rúbrica, filântropo, por: pegada, rubrica, filantropo.
• Semânticos: Tráfico (por tráfego) indígena (como sinônimo de índio, em vez de autóctone).
• Morfológicos: cidadões, uma telefonema, proporam,