Viagem a tracunhaém

Sábado, dia 4 de outubro, a classe foi visitar o município de Tracunhaém, que surgiu da exploração do pau-brasil e do gado, onde mais tarde seriam instalados engenhos, mas todo esse “desenvolvimento” não foi positivo para a população local. O destaque desse município se deve ao artesanato, pois tem a peculiaridade da sua fabricação feita do barro, e foi o que trouxe a sustentabilidade financeira à população.
Após uma pequena excursão pelo local, ao descermos do ônibus e andarmos um pouco, pudemos nos localizar pelas igrejas que ficam opostas: a do Rosário que, segundo o guia, era a igreja freqüentada pelos negros e a de Stº Antônio, “a igreja dos brancos”, que era a que estava aberta no momento em que chegamos e pudemos entrar.
Porém, passamos primeiramente pela feira e foi possível observarmos os olhares curiosos, assim como o nosso em relação a eles. Logo no primeiro contato, eles passaram receptividade e vaidade, a começar pelo guia acima citado que, apesar do fato de poder ter nos explicado as coisas mais claramente diante da intensidade dos conteúdos, buscava sempre “clientes” que quisessem ouvi-lo, embora isso tenha tido um interesse financeiro maior do que a própria receptividade e vaidade. Analisando as características do lugar, pôde-se observar o desenvolvimento da cidade, principalmente comparando à mesma há alguns anos atrás. Há Fórum, Sindicato dos Trabalhadores (Delegacia Sindical), um local onde se encontra o Poder Legislativo Municipal, e há também lojas de suprimentos básicos, como supermercado, padaria, loja de roupas, salão de beleza, até mesmo uma loja da Caixa Econômica, lan houses, vendedores ambulantes de mercadorias tecnológicas etc.
Partindo, então, para o maior destaque desse município, que é o artesanato, pudemos observar que ele é essencialmente turístico, pois não é cultivado o valor deste entre a população local, o que gera um distanciamento da comunidade com esses artistas e também com os turistas/pesquisadores no âmbito