ventos

FATE – FACULDADE ATENEU
GESTÃO PORTUÁRIA
1° SEMESTRE

LUCAS MARREIRO DE LIMA

VENTOS

SÃO GONÇALO DO AMARANTE, PECÉM, CEARÁ.
MARÇO DE 2013

Para entender todas as implicações dos ventos na navegação, seja com que tipo de barco for, é preciso saber bem mais sobre eles. Como, por exemplo, quando, com que força e de onde vêm. Que o digam os pescadores, cuja sobrevivência depende, literalmente, dos humores dos ventos. Ou os velejadores profissionais, que precisam deles para chegar sempre na frente nas regatas. Como Torben Grael, famoso por “farejar” o vento antes mesmo de ele existir. Esta arte de prever o vento e se preparar para ele vem sendo apurada e refinada desde a Antiguidade, mas vale-se, basicamente, apenas da observação. Seja ela de sutis ondulações na água, como as que o nosso Torben detecta como poucos, ou de dados científicos bem mais modernos, obtidos por satélites e estações meteorológicas, como as que hoje em dia existem aos montes por aí.

Além de ser um privilégio de poucos, esse dom ou “sentido do vento”, quase sempre serve apenas para locais, momentos ou situações específicas. Ou seja, não revela como o vento se comportará por horas a fio, nem muito menos em áreas mais abrangentes. São previsões quase instantâneas e bem localizadas, muito usadas pelos velejadores nas regatas. “Previsões são importantes, mas saber interpretá-las é ainda mais”, garante Torben. “Nas Olimpíadas de Atenas, tínhamos três previsões diferentes para um mesmo dia. Então, apostamos na que mais se aproximava das condições que já havíamos observado naquela raia dias antes. Ou seja, sem a observação, de pouco adiantariam as previsões”. Recordando: foi em Atenas que Torben ganhou sua segunda medalha de ouro.

O melhor jeito, então, é checar as previsões dos meteorologistas, mas, por precaução, garantir–se também de outra maneira, especialmente se não conhecer muitíssimo bem a