venda de didin

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O calor e o dindim, suco congelado em um saquinho com nó na ponta, vivem há décadas uma história de cumplicidade e disputa. O refresco doce que desmancha na boca tem a quentura da capital piauiense ora como um aliada - com a qual se tornam uma pedida perfeita - e ao mesmo tempo uma inimiga que precisa derrotar a qualquer custo. O resultado dessa briga acaba sendo meio trágico: o dindim se consome até a última gota para acabar com o calor que acaba enfraquecido no corpo daquele que é o grande vitorioso do embate: o teresinense.

E qual teresinense nunca aproveitou um dindim para se refrescar? Praticamente todos fizeram e fazem isso. A iguaria até tem vários nomes e sabores ao redor do Brasil (flau, sacolé, geladinho), mas na capital piauiense ele é distinguido por esse sonoro e onomatopaico termo.

Com muitas possibilidades de cores e sabores, o dindim é encontrado facilmente nos bairros da cidade e, muitas vezes, acaba virando até fonte de renda. Quando ficou desempregada, há cerca de cinco anos, Maria do Livramento passou a fabricar e comercializar a guloseima em casa. “Assim que eu perdi o emprego a venda de dindim e sorvete se tornou uma forma de complementar a renda da minha famíia”, conta.Atualmente, a vendedora faz a alegria de crianças e adultos na Central de Artesanato Mestre Dezinho, localizada no centro de Teresina. “Como a minha neta começou a praticar balé aqui na Central e eu precisava acompanhá-la, passei a trazer os dindins e pra vender para as mães e as crianças. Esse é um produto que todo mundo gosta”, garante Livramento.

A iniciativa da vendedora é aprovada pelos consumidores, como Márcia Faustino que acompanha a filha aspirante a bailarina que faz aulas de dança na Escola de Dança Lenir Argento. “Eu sempre acompanho as aulas, então aproveito a oportunidade para provar um dindim, porque nesse calor é bom demais”, comenta.
Oiê, meus leitores amados. Saudadinha docês, às vezes

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