Variações linguisticas

Variações Linguísticas

Embora no Brasil a língua falada pela maioria da população seja o português, não é raro deparar - se com diferentes expressões linguísticas, que se justificam, sobretudo por fatores geográficos, históricos, sociais e culturais da relação estabelecida entre os falantes e do contexto de fala. Para não prejudicar o bom desenvolvimento do processo de ensino – aprendizagem, a escola deve se livrar do mito da “unidade linguística” e reconhecer o Brasil como um país de falantes com diferentes variedades linguísticas.
A linguística atual revela que uma língua não é homogenia e deve ser entendida justamente pelo que caracteriza o homem – a diversidade, a possibilidade de mudança. Portanto, haja vista a necessidade da escola se adequar a realidade sócio – cultural de seus alunos. Pois, são inegáveis as diferenças que existem dentro de uma mesma comunidade de fala. Ao não reconhecer a variação linguística como uma situação real e abrangente a escola tenta impor sua norma linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos os brasileiros.
Não é difícil perceber que a norma culta é algo reservado a poucas pessoas no Brasil; isso pelo fato de que há um distanciamento entre as normatizações gramaticais impostas pela escola, que prioriza tal ensino e a obediência dos falantes, esses advindos de diferentes comunidades as quais determinam a identidade do modo como falam. Quando a escola prioriza o ensinamento da norma culta, vê se formar o preconceito quanto às outras formas de falar.
É importante desmistificar a língua padronizada e respeitar a riqueza cultural dos alunos, posto que a linguagem seja de fundamental importância no contexto cultural, onde é ao mesmo tempo produto da cultura e principal instrumento para sua transmissão, sem desmerecer, portanto a variedade formal, a qual tem papel de grande significado quanto à sustentação da língua.
A dificuldade do ensino – aprendizagem de português, em que se pretende levar o aluno a