Vanguardas

Modernismo Brasileiro e Vanguarda – Lucia Helena

Introdução: O início deste século se caracterizou, na Europa e no Brasil, pela tentativa de renovação de valores artísticos e culturais, num mundo marcado por violenta crise, que desencadeou não só duas grandes guerras como também profundas transformações na vida política e econômica das sociedades. É no período entre a primeira (1914-1918) e a segunda (1939-1945) guerras mundiais que surgem os movimentos artísticos denominados vanguarda. As vanguardas, hoje históricas, foram movimentos altamente radicais que alteraram os rumos da literatura e das demais artes. O Futurismo (1909), o Expressionismo (1910), o Cubismo (1913), o Dadaísmo (1916) e o Surrealismo (1924) foram os principais resultados desta atitude artística e cultural. Apesar de suas grandes diferenças, todos estes movimentos tiveram em comum o questionamento da herança cultural recebida. Todos ressaltavam o fato de que os moldes acadêmicos e conservadores anteriores ao movimentos se caracterizava como uma arte envelhecida e falida. Segundo Mário de Andrade, as vanguardas históricas trouxe a valorização da linguagem enquanto tema e objeto da própria arte, a insatisfação do criador em face os procedimentos já sedimentados, e a busca de penetrar nos domínios do consciente.

Na Europa não houve uma arte moderna uniforme, mas sim um conjunto de tendências artísticas com propostas especificas. Suas características são: sentimento de liberdade criadora, desejo de romper com o passado, expressão da subjetividade e certo irracionalismo. Essas tendências, que surgiram na Europa antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial, foram consideradas correntes de vanguarda.

Futurismo: O primeiro movimento foi o Futurismo, na qual pregava uma nova forma de arte e ação, uma lei de “higiene mental”, um movimento que pretende ser antitradicional, renovador, otimista, heroico, dinâmico e que se ergue sobre as ruínas do passadismo. Prega também a