Valores santo algustinho

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O LIVRE-ARBÍTRIO COMO UM BEM E PROVENIENTE DE DEUS DE ACORDO COM O LIVRO II DA OBRA O LIVRE-ARBÍTRIO DE SANTO AGOSTINHO

Wellington Carvalho de Macêdo[1]

O presente texto estuda o tema da vontade livre do homem segundo o Livro II da obra O livre-arbítrio[2] de Santo Agostinho. A temática desse texto está voltada para a argumentação de Agostinho na tentativa de provar que o livre-arbítrio é um bem e proveniente de Deus. O texto aqui desenvolvido, começa apresentando uma breve contextualização da obra em questão, o porquê seu autor a escreveu e o seu método. Posteriormente, será tematizada a prova agostiniana da existência de Deus. Com isso, será discutida a argumentação a favor do livre-arbítrio como um bem, culminando na afirmação de que ele provém de Deus. A questão do mal também será estudada, tendo em vista que, segundo Agostinho, o mal está ligado ao fato do homem possuir a vontade livre. Por fim considerar-se-á que o mal está ligado à moral.

PALAVRAS-CHAVES: Agostinho, livre-arbítrio, Deus, bem, mal, moral.

1 INTRODUÇÃO

Depois de convertido ao cristianismo católico e batizado, Agostinho tenta voltar a Tagaste, na África do Norte. No entanto, sua mãe[3] falece, enquanto eles esperavam a partida da embarcação que os levaria à Tagaste. Motivado pela morte de sua mãe, Agostinho decide ir e ficar em Roma no inverno do ano de 387 e todo o ano de 388. Desejando prevenir seus amigos e, se possível um bom número de pessoas, da doutrina errônea e equívoca dos maniqueus[4], Agostinho escreve vários tratados entre os quais O livre-arbítrio. Agostinho começa a escrevê-lo em 388. Ao voltar para Tagaste continua a escrevê-lo, mas, só o termina em Hipona, África do Norte, por volta de 394/95, quando já é sacerdote[5] da Igreja Católica[6]. Agostinho defende que o livre-arbítrio é sempre um bem concedido ao homem por Deus, mesmo que o homem utilize-o de forma errônea, o que provoca o mal. Para sustentar tal afirmação,

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