V4 1 2013 Art7 De Oliveira

2640 palavras 11 páginas
Revista Voluntas: Estudos sobre Schopenhauer - Vol. 4, Nº 1 - 1º semestre de 2013 - ISSN: 2179-3786 - pp. 139-145.

O amor metafísico schopenhaueriano em
Tristão e Isolda de Richard Wagner
The Schopenhauer's metaphysical love in
“Tristan und Isolde” by Richard Wagner
Sidnei de Oliveira
Doutorando em Filosofia pela Unicamp e bolsista FAPESP.
E-mail: violaoliveira@yahoo.com.br

Resumo: Este artigo tem como objetivo discorrer brevemente sobre a metafísica do amor e da morte no drama Tristão e Isolda de Richard Wagner. Através de algumas citações de obras de
Schopenhauer, é possível verificar que Wagner utilizou-se da filosofia para concluir seu drama, seja na encenação, no libreto, ou em seus textos.
Palavras-chave: Música; Metafísica; Drama.
Abstract: This article aims to summarize the metaphysics of love and death in the drama
Tristan und Isolde by Richard Wagner. Through some quotes from the works of the philosopher
Schopenhauer, it is possible to verify that Wagner made use of philosophy to finish his drama, is the staging, in the libretto, or in their texts.
Keywords: Music; Metaphysics; Drama.

Richard Wagner foi um inovador no século XIX quando nos remetemos ao tema das óperas, ou, na linguagem do compositor, ao drama wagneriano. Tristão e Isolda, ópera composta entre 1856 e 1859, ficou marcada pelo famoso Acorde Tristão, função harmônica que recebeu inúmeras análises, até receber o nome de um dos protagonistas do drama. A música lenta, com várias pausas alternadas, marca a melancolia e produz uma tensão máxima na harmonia onde são gerados vários Leitmotivs que serão utilizados durante a ópera. Wagner desenvolveu no enredo deste drama, temas sobre o amor e a morte, questões presentes nos escritos de Schopenhauer.
Trata-se de um enredo que apresenta um amor não vivenciado durante a vida, mas que, por ser tão profundo e transcendental, só pode ser alcançado na eternidade da morte, um assunto que Schopenhauer desenvolveu em O mundo como vontade e como

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