Utlização da caatinga na alimentação de ovinos e caprinos

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1. Introdução

A baixa qualidade e a escassez de forragem, especialmente durante a seca estacional, agravadas pelas doenças que normalmente acometem os rebanhos, são os principais fatores limitantes para a produtividade animal no Nordeste semiárido. De modo geral, nos sistemas de produção extensivos os ganhos obtidos durante o período de relativa abundância pouco mais fazem que reponha a condição corporal perdida durante o período de escassez. Ao longo das últimas décadas, estudos desenvolvidos pela Embrapa e seus diversos parceiros têm apontado alternativas para a redução, ou mesmo para a eliminação das perdas verificadas durante o período seco, garantindo incrementos no desempenho animal.
A definição é muito ampla e inclui desde áreas desérticas e de vegetação escassa até aquelas onde a vegetação natural é formada por densa camada arbustiva e arbórea. Assim, a cobertura florística da pastagem nativa pode ser composta de plantas herbáceas com predominância ou não de gramíneas, plantas arbustivas e essências florestais. Todas, dependendo da espécie ou combinação de espécies animais, são fontes potenciais e imprescindíveis de forrageamento ao longo do ano. Na região semiárida do Nordeste do Brasil, a vegetação da caatinga, apesar dos sinais inequívocos de degradação, observados já por volta de 1860, ainda constitui a base alimentar dos rebanhos bovino, ovino e caprino. Caracterizada por uma biodiversidade surpreendente para floras de áreas semiáridas, a caatinga se destaca por possuir um contingente elevado de espécies forrageiras em seus estágios herbáceo, arbustivo e arbóreo. No entanto, nas condições atuais, a disponibilidade de forragem em qualquer estação do ano é baixa, quer em virtude da altura do dossel da camada arbórea na época das chuvas, quer em função do baixo valor da forragem disponível na época seca. Assim é necessário o emprego de técnicas de manejo da vegetação arbórea e arbustiva com alterações da arquitetura e/ou mudanças de sua

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