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Introdução

Este trabalho trata-se de uma experiência antropológica com relação à uma categoria profissional urbana, no caso os barbeiros. No decorrer do trabalho não irei discutir muito sobre os aspectos dos saberes e fazeres da profissão, porém, os escritos estarão dedicados basicamente à análise das formas de sociabilidade que se desenrolam na barbearia, o que auxilia na compreensão de como os interlocutores vivenciam seu espaço de trabalho, assim como considero relevantes para esse processo etnográfico as narrativas pelas quais os profissionais da barbearia constroem um sentido de seu pertencimento à essa forma de trabalho e à paisagem urbana na qual eles estão inseridos. Buscarei narrar meu processo etnográfico, focando ao longo deste trabalho as experiências vividas a partir da participação no cotidiano dessas pessoas que passam cerca de 9 horas de seu dia nesse ambiente. Sendo assim, um dos maiores desafios enfrentados neste trabalho é realmente a forma sobre a sua escrita. Os dados construídos no decorrer da pesquisa emergem, nesta dissertação, a partir dos contextos em que experiências foram compartilhadas entre o pesquisador e os pesquisados.

A barbearia na qual a experiência etnográfica foi realizada, se localiza na região central da cidade de Ibiporã – PR, logo ao lado do terminal rodoviário da cidade; trata-se de um ambiente agradável, bem iluminado e arejado, na qual trabalham dois homens que apesar de não possuírem parentesco algum, são bem parecidos. O mais velho (38 anos), e dono do salão de chama Alberto, porém ele é conhecido como “Tamarana” (que é referente à sua cidade de origem) por todos os seus clientes que frequentam seu salão; agora, já o mais novo, chama-se João Paulo, vulgo “Pardal”. O Tamarana possui seu negócio naquele local faz aproximadamente 13 anos. O Pardal tem apenas 21 anos, e trabalha para o Tamarana à cerca de 2 anos, começou a trabalhar no salão logo depois de

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