Uma parte sobre a luta abolicionista

638 palavras 3 páginas
Por Antonio Gasparetto Junior
Desde quando a Inglaterra proibiu o tráfico negreiro, a manutenção da escravidão ficou comprometida. O país, que então liderava o mundo, fazia pressão para que a mão de obra escrava fosse substituída pela assalariada. Em 1863 os Estados Unidos decretaram o fim da escravidão em seu território, tal ato fez com que o trabalho compulsório restasse no continente americano apenas em Cuba e no Brasil.
No Brasil ocorreram várias manifestações isoladas de políticos e intelectuais ao longo da primeira metade do século XIX, mas que ainda eram insuficientes para afetar os escravistas e a ordem vigente no país. Foi só a partir da década de 1870 que as campanhas abolicionistas atingiram significativa representatividade e começaram a tomar corpo. Os escravistas insistiam na utilização do trabalho forçado dos negros, mesmo com um contexto internacional completamente desfavorável. Contra a situação, jovens, advogados, jornalistas, estudantes e intelectuais se mobilizavam cada vez com mais audácia pelo fim da escravidão. Foram cúmplices em várias fugas de negros, ajudando-os a formarem quilombos urbanos no Rio de Janeiro e em São Paulo, por exemplo. Entretanto só isso não bastaria, restavam ainda cerca de 750 mil escravos no Brasil.

Principais ativistas
Luís Gama
Luís Gama
A adesão de grandes nomes ao movimento abolicionista fez com que a causa ganhasse mais força. Foi o caso de: Joaquim Nabuco, João Alfredo, Eusébio de Queirós, Teodoro da Silva, Tavares Bastos, Rui Barbosa, Tobias Barreto, José do Patrocínio, Souza Dantas, Pimenta Bueno, André Rebouças e Luís Gama.

Aos poucos foram surgindo publicações e organizações de cunho abolicionista. Em 1880 foi criada, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, por Joaquim Nabuco e José do Patrocínio. Seu exemplo foi fundamental para que diversas outras organizações se apresentassem pelo Brasil. Havia também o jornal O Abolicionista e a Revista Ilustrada que se dedicavam

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