um reflexo fiel da biologia 1

Gold diz que a sociedade é um reflexo fiel da biologia. É como se ele dissesse que um escravo nasceu para ser escravo, um assassino, um psicopata, nasceram com disposição para tal, indiferente de qualquer ambiente ou circunstância, e como já existe algo pré-determinado nos genes, muito pouco ou quase nada poderia ser feito para mudar o que já estava descrito. O determinismo reducionista “exime a sociedade da mudança e inculpa o indivíduo. Cesare lambroso (1835-1909) afirma que os criminosos natos desafortunadamente teriam maior similaridade genética com os primatas que os “homens de bem”, caracterizando um estágio evolutivo inferior. Ele leva em conta que para compreender o crime basta estudar o criminoso, não a forma como fora criado, sua educação ou as dificuldades que podem tê-lo iniciado a roubar ou a pilhar. Leva em consideração os traços genéticos sendo que, indivíduos com alguns traços físicos (braços longos, pés preênseis, testa baixa e estreita, orelhas grandes, crânio espesso, pelo abundante no peito masculino ...) e até certas práticas sociais (tatuagens, gírias, gosto pela orgia...) teriam os mesmos comportamentos criminosos, totalizando conforme suas estatísticas, 40% da população. Isto quer dizer que se você ver um indivíduo de braços longos, de testa baixa, com cabelos no peito e uma tatoo no braço pode ligar para o serviço funerário, pois você é um “cadáver em potencial”. Segundo o autor nessa perspectiva haviam duas formas de se resolver o problema: o exilio ou a morte dos agressores. Outro modelo reducionista foi o Lewis S Ferman (1877-1956) que detectava a deficiência mental comum nos criminosos. Com isso sugeria que lhe fosse aplicado o teste de inteligência a fim de que houvesse uma melhor organização social. Aos indivíduos com QI abaixo de 75 passariam a ser responsabilidade do governo e não poderiam procriar, levando assim a sociedade a se ver livre desses “potenciais criminosos”. Aos que apresentaram o QI acima de 120, a honra e a glória.