Um olhar histórico sobre "O cortiço" de Aloísio Azevedo

1827 palavras 8 páginas
Antes de iniciar a análise desse texto, devemos falar um pouco sobre o autor. Aloísio Azevedo era filho de um pai viúvo e mãe separada, algo chocante para a sociedade de seu tempo. Ainda jovem dedicou-se ao desenho e trabalho. Em 1876, viajou para o Rio de Janeiro para estudar artes plásticas, vivendo desde então fazendo desenhos para os jornais. Retorna a São Luís quando seu pai morre, onde começou a escrever. Dois anos após publicou o livro “O Mulato”, chocando a sociedade pela forma crua do romance que estava expondo a questão racial, o autor já estava engajado com a causa abolicionista. Com o sucesso dessa obra volta para a capital do Império, onde escreve sem parar novos romances, contos, peças de teatro e até mesmo crônicas. Foi o grande responsável por iniciar o estilo naturalista no Brasil. Segundo o critico Alfredo Bosi, nas obras de Aluísio "a natureza humana afigura-se-lhe uma certa selvageria onde os fortes comem os fracos", o que podemos confirmar na leitura de sua livro “O Cortiço”.
A história do livro se passa no Rio de Janeiro do final do século XIX. Mostrando o cotidiano, os problemas, alegrias e dramas das pessoas pobres que viviam nos cortiços em pleno centro da capital nacional. O livro descreve de maneira detalhada as figuras estereotipadas que estavam presentes no Rio desse período, como o português rico, as lavadeiras, negro malandro, entre outros.
João Romão, o português dono do cortiço, da venda e da pedreira, pode ser encarado como a personificação do capitalismo selvagem por estar disposto a qualquer coisa para lucrar mais, explorando descaradamente o próximo, como no caso de Bertoleza uma escrava que ganhava a vida vendendo peixe frito e se tornou sua amante. O protagonista aproveita as economias dela para enriquecer e aumentar o cortiço. Além de Romão, há também o lusitano Miranda, que morava em um palacete ao lado do cortiço de seu rival. Posteriormente no texto há a condecoração do Miranda com o título de Barão do Freixal.
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