Um estudo sobre o fluxo migratório mex-eua e a relação entre a crise de violência, as frágeis instituições democráticas e a globalização do narcotráfico.

Palavras-chave: México, narcotráfico, imigração, América Latina.

Introdução O México se encontra em uma crise social, a sociedade mexicana caminha a deterioração. O principal indicador dessa crise é a violência praticada pelo crime organizado, que enfrenta o Estado, faz vítimas na sociedade e também se digladia entre si. Dentro deste panorama, o Estado mexicano parece não ter condições de resolver os problemas. Um ponto muito discutido é a imigração ilegal de mexicanos aos EUA; questão esta, muito pouco conjuntural. Porém, a migração é um indicador da falta de dinamismo do mercado interno mexicano; além de uma válvula de escape, sem a migração aumentariam a miséria e o desemprego. Os dois problemas, acima, além de associados, são influenciadores da diplomacia México-EUA e fator de tensão. No entanto, os países buscam a cooperação para resolução dos problemas. O problema é quando e resolução vem numa medida como o NAFTA, que só conseguiu deixar o México mais dependente da economia norte-americana e piorar suas condições de abastecimento. A expressão econômica da crise seria a recessão enfrentada pelo México em 2009 durante a crise que começou no mercado imobiliário norte-americano, maior dentre os países da América Latina (queda de 6,5 % do PIB). Nos últimos trinta anos o México apresentou um baixo ritmo de crescimento (média anual de 2%), mesmo passando por estabilidade econômica. Somado a este panorama, a principal atividade ilegal no México, o narco, ganhou novas configurações após as últimas décadas do século passado. A século XXI dissolveu os países quanto a sua função no mecanismo mundial de narcotráfico. Por fim, a crise se desdobra em um fracasso do regime democrático do país, demonstrando pela volta do PRI ao poder, partido que mantém os mesmos dirigentes e costumes do período autoritário. Em julho do presente o México elegeu Enrique Peña Nieto, do PRI, como seu presidente, um candidato jovem, popular e que reafirma a predileção do país por