Um acordo forçado: o consentimento da imprensa à censura no Brasil.

1089 palavras 5 páginas
SMITH, Anne Marie. Um acordo forçado: o consentimento da imprensa à censura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.

Nesta obra, Anne Marie Smith apresenta a relação entre Estado e a Imprensa durante o regime militar analisando as formas de repressão e censura nesse período e as principais modalidades de resistência praticadas pela imprensa tendo como exemplo o a obrigatoriedade de aceitação da imprensa à censura. O livro é divido em três partes
A função da imprensa não se limita apenas em levar a informação adiante, ela engloba questões como ética e cidadania. A comunicação do meio jornalístico tem um papel fundamental na formação da opinião pública, entretanto, para que isso se concretize é necessário que toda informação de interesse social, seja disseminada para a população.
Embora seja de interesse do público a ‘‘comunicação pública’’ não necessariamente cumpre com o seu real significado. Obviamente isso não é de hoje, mas de períodos atrás. A imprensa por uma infinidade de motivos, restringiu-se da sua real forma de trabalho e incluiu na sua rotina a limitação de informações de interesse social.
Pode se dizer que a censura iniciou-se no Brasil quando surgiram os primeiros passos da imprensa no período colonial com a chegada da família real no país, havia uma regra do que poderia ou não ser publicado para a população o Correio Brasiliense foi um exemplo disso em 1809 a corte ordenou a confiscação do jornal por ser crítico ao governo. Do período do império até a chegada da República sempre houve uma tentativa de controle do Estado para com a imprensa, sendo assim a maneira como o governo militar com seu autoritarismo limitou a liberdade de imprensa não foi surpreendente.
Inicialmente a autora aborda o contexto histórico e as relações entre a imprensa e Estado e a estrutura das relações mostrando-nos a interação do governo com a sociedade civil de várias maneiras através do desenvolvimento econômico, social e cultural. O Estado manipulava

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