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A pretensão principal do ésquillo ao escrever oresteia foi justamente tentar arrumar uma espécie de conciliação entre o cidadãos de Atenas. Estes cidadãos estavam em conflito em razão do sistema democrático vigente. Desse modo, ele a cria pra mostrar que assim como aquela ideia de justiça privada, interesse privado, tinha sido superada, o embate em torno do sistema democrático também poderia ser superado pelo cidadão ateniense, tendo assim uma finalidade pedagógica, mostrar que aquilo que aconteceu com o orestes, aquilo que aconteceu na casa de Agamenon, deveria ser um modelo de código politico acessível e seguido pela cidade de um modo em geral. Justamente por isso que a ultima parte da oresteia se passa em atenas e não mais em argus, já que em argus se mostra o talião como ideia de justiça, e em atenas se mostra a ideia de justiça publica.
Segunda coisa importante apontada é sobre a temática religiosa que é a problemática da conciliação entre os antigos e novos deuses que vão aparecer dentro da oresteia. Os antigos deuses são representados pelas erineas e são aqueles que protegem a concepção privada de justiça, ou seja, a lei do talião. Ao longo do texto as erineas querem que essa concepção de justiça seja efetivada, no entanto os novos deuses, atena e apollo, querem uma mudança tanto nessa concepção religiosa como na de justiça, e vão assim propor (e conseguir) que essa nova concepção seja inclusa na concepção de moralidade do cidadão. Em todo momento foi claro que não existe um abandono nem da antiga concepção de justiça nem dos antigos deuses, o que acontece é uma transformação, tanto é verdade que Atenas não bane as erineas e sim as convida para fazer parte da nova concepção do que é justo. A ideia é de reaproveitamento das antigas crenças.
Assim como não ha um abandono da ideia de justiça talionica, justiça dependendo da forca e da vingança, a oresteia mostra que o uso da forca e da vingança continua existindo, mas passa a ser controlada e monopólio do