tétano acidental
1.1. Aspectos Clínicos e Epidemiológicos
1.2. Descrição - É uma toxi-infecção grave, não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo bacilo tetânico, as quais provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central. Clinicamente, o Tétano Acidental se manifesta com febre baixa ou ausente, hipertonia muscular mantida, hiperreflexia e espasmos ou contraturas paroxisticas. Assim, o paciente apresenta dificuldade de deglutição (disfagia), contratura dos músculos masséteres (trismo e riso sardônico), do pescoço (rigidez de nuca) e da região dorsal (opistótono). A rigidez muscular é progressiva, atingindo os músculos reto-abdominais (abdome em tábua) e diafragma, levando à insuficiência respiratória, podendo evoluir com contraturas generalizadas. As crises de contraturas, geralmente, são desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros, alterações de temperatura e manipulações do doente. Em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido.
1.3. Agente etiológico - Clostridium tetani, bacilo gram-positivo, anaeróbio esporulado.
1.4. Reservatório - O Clostridium tetani.
1.5. Modo de transmissão - A transmissão ocorre pela introdução dos esporos em uma solução de continuidade da peJe e mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza), contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas.
1.6. Período de incubação - Varia de 1 dia a alguns meses, mas geralmente é de 3 a 21 dias. Quanto menor for o tempo de incubação, maior a gravidade e pior o prognóstico.
1.7 .Período de transmissibilidade - O Tétano não é doença contagiosa, portanto não é transmitida diretamente de pessoa a pessoa.
1.8. Complicações - Parada respiratória e/ou cardíaca, disfunção respiratória, infecções secundárias, disautonomia, crise hipertensiva, taquicardia, fratura de vértebras, hemorragias digestiva e intracraniana, edema cerebral, flebite e embolia pulmonar.
1.9. Diagnóstico - Clíníco-epídemiológíco, não