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794 palavras 4 páginas
Este é um livro de Introdução à Economia. Mas ele não pretende ser apenas mais um livro de Introdução a esta polêmica ciência. Aproveitando o gentil convite da Fundação Alexandre de
Gusmão para a redação de um livro-texto preparatório ao concurso de ingresso na carreira diplomática, buscamos produzir uma obra que pudesse ser útil a todos aqueles profissionais brasileiros que precisam entender Economia, mas que não têm tempo para (ou interesse em) se tornarem Economistas. Vale dizer, pretendemos dedicar este livro ao conjunto dos não economistas que atuam na gestão dos negócios públicos e privados. O que é, virtualmente, toda a elite econômica, política e intelectual de um país.
Com um público tão amplo, as chances de estarmos lançando um best-seller parecem consideráveis. Porém, infelizmente (para nós, autores, mas também para os leitores potenciais) a coisa não é tão simples. Até porque – e aqui já damos a nossa primeira lição de Economia – se a demanda por um tal produto é tão expressiva, e ela ainda não foi adequadamente atendida, é porque ofertá-lo está longe de ser trivial. Na verdade, o que se demanda (e o que vamos tentar ofertar aqui) é quase impossível: tornar Economia uma ciência fácil, agradável e operativa.
Nossa primeira dificuldade estrutural diz respeito às paixões humanas: é difícil encontrar pessoas igualmente apaixonadas por Matemática (o reino do atemporal e do estritamente lógico) e por História (onde tudo é acontecimento, tudo é único, e nenhuma explicação parece suficiente). Mas é impossível realmente entender Economia sem amar (ou, pelo menos, sem estar disposto a sofrer com) estas duas ciências irmãs. O leitor que se aventurar pelas páginas seguintes vai ter de conviver com a dor e o prazer proporcionados pelo esforço de realmente entender os modelos matemáticos da Primeira Parte e de acompanhar os (por vezes tortuosos) raciocínios dialéticos necessários à apreensão do sentido do desenvolvimento capitalista brasileiro,

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