Tulipomania

2246 palavras 9 páginas
A HISTÓRIA DA PRIMEIRA BOLHA FINANCEIRA: TULIPOMANIA HOLANDESA
Há um episódio estranhíssimo na história Holandesa. No ano de 1637, em plena expansão económica da Holanda, numa sociedade conservadora protestante, calculista nos seus riscos e obrigações financeiras, existiu um descontrolo absoluto na especulação de tulipas. De uma flor praticamente desconhecida, em 30 anos, um único bolbo de uma espécie em particular podia chegar a ser negociado pelo valor de mansões nos canais “mais bem” de Amsterdam. Mas, que até que um dia, o mercado não acompanhou o crescimento vertiginoso dos preços, e deu-se o colapso.

O caso da Tulipomania, tornou-se um exemplo através do qual muitas firmas de investimento lembram aos novos colaboradores, para não se deixarem levar por processos de especulação. No entanto, foi um caso cuja origem e razões latentes nunca chegaram a ser realmente analisadas na profundidade que o contexto social e histórico merece.
E é isso que o livro “Tulipomania” de Mike Dash tenta fazer. Tenta explicar passo por passo, desde a introdução da flor na Holanda, até às primeiras trocas feitas da flor por especialistas, como é que a negociação de tulipas se tornou uma epidemia especulativa. Na ausência de registos que expliquem em profundidade o que se passou, fica-se com a noção clara que a calamidade foi um combinar de 3 grandes factores.
Em primeiro lugar a flor ficou na moda. Era uma preciosidade vinda do Oriente muito apreciada pela alta burguesia, que começou a exercer uma procura forte sobre uma oferta muito limitada. Os bolbos que chegavam do estrangeiro eram limitados, e o processo de amadurecimento e reprodução da flor também é lento. Assim o factor raridade, cria uma procura quase sempre superior à oferta o que leva os preços para cima.
Depois veio o facto de não ser uma profissão regulada, não sendo necessário pertencer a nenhuma associação profissional ou pagar quotas para cultivar ou negociar tulipas. Assim, várias pessoas tinham um acesso

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