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As diferentes tipologias vegetacionais presentes no semiárido do Nordeste brasileiro ocorrem em função da maior ou menor aridez edafoclimática (condição de solo e clima) que, em geral, está associada à distância do litoral, à altitude, à geomorfologia, ao nível de dessecação do relevo, à declividade e posição da vertente em relação aos ventos (barlavento e sotavento) e à profundidade e composição física e química do solo. Por exemplo, no semiárido Nordestino, o aumento da altitude leva a uma redução na temperatura e, em conseqüência, a um aumento na precipitação e disponibilidade de água no solo, principal fator limitante da produtividade primária.
Caatinga
Dentre os principais tipos de vegetação do semi-árido, nenhum é mais característico do que a caatinga. Ocupando uma área de aproximadamente 955.000 km2 , está presente em todos os estados inseridos no semi-árido. Vale a pena ressaltar que o bioma caatinga, no qual este tipo de vegetação está inserida, não é compartilhado com nenhum outro país.
A vegetação considerada mais típica de caatinga encontra-se nas depressões sertanejas, uma ao norte e outra ao sul do bioma. Essa vegetação se caracteriza por apresentar um estrato arbóreo de porte relativamente baixo, até 5 m. As árvores e arbustos geralmente têm troncos finos, freqüentemente armados, com folhas pequenas ou compostas e folhagem decídua na estação seca. Cactos e bromélias terrestres são, também, elementos importantes da paisagem da caatinga. O estrato herbáceo é efêmero e constituído principalmente por terófitas e geófitas que aparecem apenas na curta estação chuvosa.
Olhar para uma paisagem da caatinga em período seco pode fazer-nos acreditar que este é um ambiente sofrido, pobre e deserto. Durante muito tempo se acreditou que a caatinga seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes, como a Mata Atlântica ou a Floresta Amazônica. Essa crença sempre levou à falsa idéia de