Tudo se dissolve: o marxismo também?

3153 palavras 13 páginas
Tudo o que é sólido se desfaz no ar: o marxismo também?

Marx viveu um momento conturbado da história européia, conhecendo de perto os efeitos funestos deixados pela introdução do modo de produção industrial na economia (desde a Revolução Industrial), e analisado com percuciente óptica a ascensão da classe burguesa no domínio dos meios de produção agrícola e industrial (desde o Renascimento), estando consciente do enriquecimento das nações, soube livrar-se dos cânones imponentes da filosofia especulativa e racional (ao estilo Hegel) e construir um sistema de idéias que fosse o motor de mudanças sociais.
Nesse sistema, estava prevista uma natural aversão, até mesmo física, a tudo o que fosse de origem burguesa, como demonstração de seu irrefreável repúdio à exploração econômica burguesa. Desde 1846, Marx e Engels entraram em contato com os movimentos revolucionários parisienses, mas ficaram decepcionados com os intelectuais interessados apenas nas formações operárias nascentes. Em 1848, publicou o manifesto do partido comunista que afirmava que a história de toda sociedade, até então, fora história da luta de classes. Porém, este manifesto possui uma ambiguidade que condenava o capitalismo, mas ao mesmo tempo celebrava a modernidade.
O capitalismo possuía uma radicalidade, pois não era apenas um novo modo de produção; era uma nova manifestação da época e representava a modernidade e a evolução do processo civilizatório, ou seja, uma mudança social global.
Pela lógica capitalista, as ideias de Marx foram consideradas utópicas pelo fato de surgirem vertentes que não conseguiram se sobrepuser ao capitalismo.

A evolução do comunismo

1890 - 1920
Durante as primeiras décadas do sec. XX acreditava-se que a força revolucionária do marxismo seria capaz de se impor ao Capitalismo devido aos acontecimentos históricos da época, tal como a Revolução de Outubro, o que caracterizou o apogeu do Comunismo, tanto que passou a ser ensinado nas universidades (Marx foi

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