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O psicopedagogo é um profissional que atua em escolas ou clínicas e tem e como função a prevenção, o diagnóstico e a intervenção dos problemas no âmbito da aprendizagem. Sendo assim, deveria ser obrigatória sua presença nas instituições escolares, principalmente nas públicas, onde a demanda de alunos com dificuldade de aprendizado é muito grande.
Entretanto, como professora da Rede Municipal da cidade de Salvador, no segmento do ensino fundamental I, vejo que a necessidade seria de uma atuação clínica dentro da instituição. Onde o psicopedagogo precisaria atender os alunos para prevenir, diagnosticar e intervir no processo de aprendizagem.
O número de alunos que chegam ao 3º ano do Ensino Fundamental I sem estarem alfabetizados é algo que tem chamado à atenção de toda a comunidade escolar da rede pública municipal da cidade de Salvador, Bahia.
Os motivos para que esse número seja tão alarmante pode ter várias razões como, por exemplo, a estrutura da rede de ensino municipal que adota a formatação de ciclos, onde o primeiro ciclo corresponde aos (1º, 2º e 3º anos) tendo a aprovação automática nos 1º e 2º ano, sendo possível reter o aluno que apresentar baixo desempenho apenas no 3º ano. Já o segundo ciclo diz respeito ao 4º e 5º ano, novamente tendo progressão automática do 4º para o 5º e retenção apenas no 5º.
Esta estrutura se transforma em uma estufa, acumulando crianças não alfabetizadas que são retidas no terceiro ano.
E nesta realidade, onde as escolas superlotam as salas de aula, onde as crianças não contam com o acompanhamento e a participação da família nos estudos, onde os alunos não tem educação doméstica, apresentam comportamentos violentos e muitas vezes apresentam características de muitas necessidades educativas especiais.
Além de todas essas peculiaridades, não podemos deixar de mencionar as estruturas precárias das unidades escolares com salas pequenas, sem o mobiliário necessário, a falta de merenda, a falta de professores para as