Tráfico de órgãos

Tráfico de Órgãos: Um crime permitido? O objecto do trabalho é o fenómeno do tráfico de órgãos que afecta, hoje em dia, um significativo número de pessoas, principalmente aquelas que vivem em condições precárias, sem recursos próprios suficientes e desprotegidos pelos seus próprios governos. É considerado tráfico de partes do corpo o transporte ou o movimento de uma parte do corpo, quer através de uma fronteira ou dentro de um país, para venda ou transacção comercial. Este acto ilegal rende cerca de 7,75 mil milhões de euros em que o traficante é sujeito a uma pena de 2 a 8 anos. Este crime é o terceiro crime organizado mais lucrativo no mundo. O objectivo do trabalho é debater o papel do tráfico de órgãos na violação de direitos humanos. É essencial a apresentação de um conceito importante, que servirá de instrumento para a melhor definição do objecto do trabalho e dos fins a que se pretende chegar: Direitos Humanos. Os Direitos Humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. A Declaração Universal Dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e consciência, devem agir uns para os outros em espírito de fraternidade.” Ao longo do trabalho, irá ser explicado o processo do tráfico de órgãos, seguindo-se de argumentos que possam justificar a tese que responde ao problema: Será que o tráfico de órgãos é eticamente correcto?

A tese que responde ao tema do trabalho é a seguinte: O comércio de órgãos humanos é completamente incompatível com a dignidade humana e a defesa dos direitos humanos. Os indivíduos com menos possibilidades económicas doam os seus órgãos com a intenção de ter os meios mínimos de sobrevivência digna. Contudo, após serem usados, são deixados na mesma condição e com um pouco de dinheiro, que não chegará para cobrar as consequências do transplante. Estas cirurgias, por norma, agravarão a saúde