Tropicália

Bruno Almeida Reis
Tropicália
O Brasil, na década de 1960, proveniente do medo da elite que o socialismo chegasse ao poder, deu início em 1964 ao Regime Militar. Nesse período de repressão, uma grande parte da sociedade realizou uma série de protestos e manifestações que tomou conta dos grandes centros urbanos como uma forma de resistência ao regime. Os estudantes foram os que mais saíram às ruas, indignados com o estado em que se encontrava a educação nas Universidades, eram constantes os choques entre estudantes e militares.
A censura foi uma das maiores formas que o governo usou para reprimir quem fosse contra o regime, pois havia um grande medo por parte dos militares de que houvesse uma ascensão comunista no Brasil, uma vez que o mundo estava passando por uma guerra ideológica entre o capitalismo e o socialismo – Guerra Fria. O teatro, o cinema, a música, a arte, todos utilizavam seus recursos para demonstrar a insatisfação com as questões sociais e culturais.
Foi nesse contexto que a musica brasileira, embalada pela bossa nova, mergulhou num movimento cultural contestador e vanguardista, em plena década de 60, a Tropicália ou Tropicalismo. A Tropicália mesclava as mais diversas tendências, como a cultura popular brasileira e inovações extremas na estética. Ela pretendia subverter as convenções, transgredir as regras vigentes, tanto nos aspectos sócio-políticos, quanto nas dimensões da cultura e do comportamento. Influenciados pelos hippies norte-americanos, os baianos: Gil; Caetano; Gal Costa e Tom Zé, ao lado dos Mutantes (Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias), Nara Leão e do maestro Rogério Duprat, criaram canções baseadas na pop arte, antropofagia, eles tinham o objetivo de romper os tabus estabelecidos na época, eram a favor do sexo livre, esse grupo lançam esse disco “Tropicália ou Panis Et Circenses" onde frisavam sua visão crítica. Há agora uma sincronização de ritmos, a guitarra elétrica entra em cena, muitos são contra a modernidade