Tropeirismo
O Tropeirismo é a designação dada ao movimento ocorrido a partir do século XVII no Brasil onde tropas, ou comitivas, a cavalo e mula percorriam a região sudeste e sul escoltando gado e produtos comerciais entre as regiões produtoras e os centros consumidores.
O tropeiro era o homem que conduzia essa tropa, muitas vezes sendo o organizador da mesma.
O tropeiro teve papel fundamental no desenvolvimento econômico da região, mas também teve a importância de propagador de notícias e idéias entre regiões de dificil acesso entre si e escassos meios de comunicação.
A importância do tropeiro ganha peso ao se notar que o Brasil da época era escravista e de uma sociedade pautada pela moral católica da valorização do ócio, onde o transporte de mercadorias ficou nas mãos de homens pobres, livres, que encontraram nesse ofício sua forma de garantir subisistência.
O tropeiro também atuou, direta ou indiretamente como formador de comunidades, ja que nos locais das paradas de descanso das tropas surgiram fazendas e pequenas comunidades voltadas ao auxílio desses homens. "Depois de estabelecidos os ranchos, os fazendeiros não tardavam em erguer uma capela, símbolo de sua devoção, em seguida instalava-se uma pequena venda para suprir as necessidades básicas dos tropeiros e viajantes em geral que por ali trafegassem. Depois, algumas famílias fixavam moradia no entorno e estava dado o ponto de partida para o estabelecimento de mais uma vila no interior do país. Muitas das pequenas vilas de outrora constituíram prósperas cidades como Campinas e Jundiaí em São Paulo e Pouso Alegre em Minas Gerais (ALMEIDA, 1981)."
O tropeiro, homem simples, foi indiretamente o responsável pela manutenção do modo de vida da elite, pois era através de suas tropas que se transportava a produção dos fazendeiros, que comercializada, sobretudo no porto do Rio de Janeiro.
O tropeiro no século XIX foi o responsável pela transmissão da cultura brasileira em todos os cantos pelos quais