treinameto funcional para fisioterapia

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Mestrado em Ciências da Fisioterapia

Metodologia do Treino aplicada em Fisioterapia
Texto de Apoio

Prof. Doutor P. Mil-Homens

1

1 – FACTORES QUE INFLUENCIAM A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE
FORÇA
Definição
Se quisermos procurar uma forma de definir força, só recolheremos alguma unanimidade de conceitos se a entendermos como característica mecânica do movimento: força é toda a causa capaz de modificar o estado de repouso ou de movimento de um corpo, traduzido por um vector. É o produto da massa pela sua aceleração F=m.a. Contudo, se pretendermos transferir este conceito mecânico de força, como entidade física, para definir a força produzida por um músculo, ele não nos serve para incluir numa mesma definição as diferentes componentes
(formas de manifestação) da força muscular. Assim, é necessário em primeiro lugar efectuar uma análise estrutural das diferentes formas de manifestação da força e dos factores que condicionam a capacidade de a produzir.
Factores condicionantes da capacidade de produção de força
O primeiro requisito para que o músculo produza trabalho mecânico, e portanto vença uma qualquer resistência, é que ocorra um estímulo nervoso que desencadeie o processo de contracção muscular. Esse estímulo, é emanado dos centros nervosos superiores e constitui um processo voluntário, sendo o desencadeador da acção muscular. A acção muscular vai inevitavelmente produzir o alongamento de uns músculos e o encurtamento de outros, o que por sua vez, desencadeará a actividade dos receptores musculares e tendinosos, os quais passarão a desempenhar um papel importante no controlo nervoso a nível medular. Estamos assim em presença do primeiro grande factor condicionador da capacidade de produção de força: O factor nervoso.
Contudo, não é indiferente que o músculo ou grupo muscular activado tenha um maior ou menor volume muscular, constituindo o grau de hipertrofia um dos factores condicionantes da capacidade de desenvolver força,

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