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Já quando se fala em logística e infraestrutura de transportes e armazenagem, a situação é diferente. Se há algo que pesa nos custos de produção e impede o agronegócio brasileiro de ser ainda mais competitivo, são os problemas enfrentados por quem produz na hora de escoar a safra.
Os produtores rurais da região Centro-oeste são os que encontram maior dificuldade para escoar a safra. A dependência das rodovias e a falta de investimentos nas ferrovias e hidrovias resultam em custos mais elevados. Na última safra, a produtividade foi de 52 sacas por hectare. Um pouco abaixo da média, mas a maior reclamação é em relação ao preço pago pelas cooperativas e tradings, que descontam mais de R$ 2 por saca para cobrir o frete.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 58% da movimentação de cargas no Brasil são feitos pelas rodovias, quando o ideal seria 30%. É o mesmo aproveitamento que deveria ser feito das hidrovias, que hoje respondem por apenas 13%. As ferrovias deveriam ser a principal modalidade utilizada para esse tipo de frete, passando sua capacidade de 25% para 35%.
Para redistribuir a demanda e já prevendo que o volume de cargas vá triplicar até o ano de 2023, o DNIT elaborou o Plano Nacional de Logística de Transportes. O primeiro passo foi aprovar a lei para a reconstrução e ampliação da malha ferroviária do país.
— Isso resultou em um programa de 11,8 mil quilômetros de ferrovias. Na verdade, nós introduzimos uma cruz ferroviária no país, de alta capacidade, porque a Norte-Sul está se integrando com a malha de bitola larga da Fepasa e com um ramal que vai em direção ao porto fluvial do sistema Paraná–Paraguai, em Porto Martinho. Essa estrutura logística vai permitir que haja uma expansão da produção