Transferência

INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como proposta apresentar resumidamente, com base nas fontes bibliográficas elencadas nas referências, o tema da transferência sob o prisma da teoria psicanalítica freudiana. Em conformidade ao solicitado pela ilustre docente, Teresinha Costa, abordar-se-á os elementos mais fundamentais presentes no escopo da transferência, tendo a Dinâmica da Transferência e o Amor Transferencial como objetos mais essenciais neste diminuto trabalho acadêmico.
Dal-Cól citando Freud diz: "Não se discute que controlar os fenômenos da transferência representa para o psicanalista as maiores dificuldades; mas não se deve esquecer que precisamente eles nos prestam o inestimável serviço de tornar imediatos e manifestos os impulsos eróticos ocultos e esquecidos do paciente." (Freud, 1912).
Essas afirmações de Freud não deixam dúvidas quanto à função necessária da transferência na psicanálise: se não há transferência, não há análise. Neste sentido, ela é um veículo através do qual o inconsciente se manifesta, veículo que coloca em ato, no agora (atual), o inconsciente, tornando presente o que estaria ausente.
A partir dessa perspectiva nota-se que a transferência é de fundamental relevância à teoria psicanalítica e sua compreensão é imprescindível para o correto entendimento do funcionamento do aparelho psíquico e da clínica psicanalítica, sob a ótica freudiana.
É importante destacar que outros pesquisadores além de Freud empreenderam esforços na tentativa de compreender e descrever o processo da transferência, dentre todos o que mais se destacou e agregou conhecimento foi Jacques Lacan.
Lacan (1964) afirma que a transferência é aquilo que manifesta, na experiência, a atualização da realidade do inconsciente no que ela é sexualidade, assim como Freud (1912) expõe que a transferência é aquilo que, em uma análise, torna presentes os impulsos recalcados no inconsciente.
Porém, ainda que o presente trabalho tenha consultado algum material lacaniano, é