Trabalhos

807 palavras 4 páginas
No início dos anos de 1950, após o fim da Segunda Guerra Mundial e ainda sob o enorme impacto do genocídio nazista, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) apoiou a realização de uma série de pesquisas sobre questões raciais. Depois das atrocidades cometidas na Alemanha em nome da superioridade racial, o objetivo da UNESCO era tomar o Brasil como exemplo privilegiado, porque sua experiência em termos de miscigenação e assimilação era vista como um caso bem sucedido. As pesquisas foram realizadas no Nordeste e no Sudeste do país por um conjunto de cientistas sociais, principalmente antropólogos e sociólogos, que chegariam aos mais variados resultados. As conclusões desses estudos convergiam, contudo, para a ideia de que a democracia racial brasileira era apenas um mito. Os dados sistematizados mostravam a correlação entre raça ou cor e diferenças socioeconômicas apontando para a existência do preconceito e da discriminação racial no Brasil.

Você sabia que embora o termo democracia racial seja, em geral, associado à obra de Gilberto Freyre, ele foi, na verdade, cunhado pelo médico e antropólogo Arthur Ramos, um dos idealizadores do Projeto Unesco?
Se, no âmbito acadêmico, a ideia de democracia racial começa a ser posta em xeque nas décadas de 1950 e 1960, na sociedade, de um modo mais amplo, essa mudança se intensifica especialmente a partir da década de 1970, sendo tributária dos movimentos sociais, entre os quais o próprio movimento negro, mas também o movimento feminista e indígena. A partir de então, tanto os intelectuais como os movimentos sociais passam a se referir à questão como o “mito da democracia racial brasileira”. O movimento negro passa a reivindicar uma identidade baseada na autoconsciência das diferenças raciais. Desse modo, a categoria negro é assumida em substituição a termos como preto, pardo ou mulato.

Atualmente, nas discussões acadêmicas, a ideia de democracia racial tornou-se um objeto de estudo

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