Trabalhos

A obra Aventuras de Alice no País das Maravilhas, escrita por Charles Ludwig Dodgson, conhecido como Lewis Carrol no ano de 1865, tornou-se ao longo das décadas uma importante obra literária por seu caráter lúdico. Sua história analisada primeiramente como uma obra de cunho infantil, passou a ganhar diversas adaptações que atraíram a atenção de públicos variados. Em uma época onde os pensamentos eram pautados pelo realismo literário, pelo cientificismo e pela visão de que a arte deveria ter funções educadoras e moralizadoras, Lewis Carrol com Alice no País das Maravilhas , inaugura o chamado nonsense, estilo de literatura que rompia com todos os paradigmas da época, recriando o imaginário dos leitores. Essa possibilidade de se imaginar cenários e personagens fantásticos possibilitou que a obra se tornasse uma espécie de conteúdo híbrido que pode ser aproveitado em diversas mídias com funções de leitura diferenciadas. No cinema, pode-se dizer que a obra de Carrol alcançou uma maior visibilidade, crédito principalmente dos estúdios Wall Disney, que em 1951 lançou seu longa-metragem animado tornando Alice mundialmente famosa. Recentemente, também pela Wall Disney, Alice ganhou uma nova interpretação, desta vez pelas mãos do diretor Tim Burttom, que deu à personagem um novo contexto que só poderia fazer sentido para leitores acostumados com conteúdos que fogem da fórmula original. A obra de Carrol chegou também aos novos tablets e smartphones. Nesse sentido, o leitor torna-se praticamente um novo personagem e suas ações afetam a maneira como ele lê a obra.
A obra Alice no País das Maravilhas e suas formas de linguagem Em sua divertida e arrojada trama infantil, Carroll lança mão de uma série de brincadeiras linguísticas envolvendo a interpretação errônea de palavras e expressões, bem como subvertendo recursos retóricos que geralmente passam despercebidos pelos ouvidos durante a comunicação. Tal situação está ligada diretamente a dois fatores: primeiro, a formação