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3-O que você entende por Jesus Histórico e identidade fluída entre cristianismo e judaísmo. O autor Luís Norberto Guarinello, na obra História Antiga, faz uma crítica a historiografia que diz que a cidade de Roma corresponde a todo o Império Romano, e que coloca o Império Romano como algo homogêneo e uniforme no mundo antigo, assim, o que está por trás dessa crítica, é a noção de que não existe um Império Romano que se identifica pela uniformidade, mas pelo contrário, apesar de existir sim certa unidade nesse Império, o que de fato há é uma diversidade imensa, de modo que se pode falar ao mesmo tempo em um Império, assim como em várias facetas desse império, de diversidades étnico-político, cultural, social e religiosa gigantesca. Esse mesmo conceito pode ser aplicado ao cristianismo, mas primeiro se deve falar sobre o Jesus Histórico. O autor Pedro Paulo Funari, em seu livro Jesus Histórico, faz uma reflexão sobre o que viria a ser a figura de Jesus para a história. Em sua obra, esse autor mostra os conflitos que perpassam o estudo sobre Jesus, e como foi um longo processo a figura de Jesus deixar de ser vista pela ciência como um ser místico cuja existência não pode ser questionada para vir a ser um objeto de estudo. Dessa forma no livro de Pedro, fica bem entendido, que Jesus histórico, corresponde aos estudos que a ciência fez sobre essa figura, e as diversas visões históricas que foram obtidas com esses estudos sobre Jesus, de modo que o que se busca entender com esses estudos, não é Jesus como uma figura mítica e sobrenatural, mas sim o que esta figura trouxe para a história da humanidade, suas influências e consequências na vida dos homens. Merece destaque nesses estudos, a concepção de que o Jesus da fé é diferente do Jesus que a ciência coloca, desse modo, se separam os campos, de maneira que a fé em Cristo não é comprometida pelos questionamentos da ciência. Voltando ao que foi dito no início, vale abordar agora, o cristianismo e o judaísmo.