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Carlos Lamarca :Militar de origem operária, desde cedo manifestou uma enorme sensibilidade social. Ao participar da missão de paz da ONU em 1962 no Egito ficou chocado com a miséria em que vive o povo árabe e que lhe lembrava a pobreza em que vivem os nordestinos. De volta ao Brasil foi se aproximando das idéias e organizações de esquerda e por fim se engajou na luta armada contra a ditadura militar e saiu do Exercito.
Foi taxado pelo Regime Militar e seus defensores como desertor, traidor, terrorista, assassino, inimigo da honra, pátria e família e todas as bobagens do gênero. Quanto cinismo vindo destes crápulas e criminosos que perseguiram, encarceraram, torturaram, mataram e desapareceram com tantas pessoas cometendo os mais execráveis crimes contra o povo brasileiro e a humanidade. Carlos Lamarca não foi desertor nem traidor. Foi alguém que teve a coragem de se levantar contra as Forças Armadas Golpistas que traíram e romperam a legalidade e a ordem democrática e que se voltaram contra o povo e a nação impondo um regime de tirania, opressão e terror que visava apenas a manutenção e perpetuação de uma ordem social injusta e desigual e também perseguir e eliminar todos os que defendiam uma sociedade mais justa e igualitária.
Lamarca, soldado que era, combateu, lutou e morreu defendendo liberdade e justiça social para o povo brasileiro, se insurgindo contra um regime espúrio, violento e injusto que a tantas pessoas perseguiu, torturou e matou. Ele expropriou dinheiro de bancos e do corrupto Ademar de Barros e foi morto em 1971 no sertão com apenas rapadura no estomago, pois não buscou o próprio enriquecimento mas empregou todo o dinheiro expropriado na luta pela libertação popular e para salvar as vidas de tantos companheiros de lutas como os que ele conseguiu libertar ao seqüestrar o embaixador da Suíça em 1970 (sendo que este lhe devendo a vida se recusou a identificar os integrantes do grupo revolucionário que o seqüestrou).
Graças a diversos livros e