Trabalhos
O uso da nova tecnologia das “células-tronco” aparece juntamente de uma grande dúvida e conflito que a religião e a ciência encaram. Um dos temas mais complicados da bioética é o uso dos embriões para pesquisas, pois envolve o estágio inicial da vida. Assim, se torna um questionamento ético, moral, religioso, entre pesquisadores, médicos, teólogos, representantes da Igreja, professores e doutores, apresentando seus argumentos contra e a favor para um debate de aprofundamento da pesquisa. A forma apresentada também levanta questionamentos de ordem jurídica e legal, principalmente pela total inexistência no país de uma legislação mais ampla sobre embriões, que regule, por exemplo, a prática da reprodução assistida.
Religiosos de Entidades Católicas lamentam que no Brasil tenha chegado o momento em que, até no plano legislativo, a vida humana é reduzida a “objeto ou mercadoria". Julgam que os embriões humanos não são apenas material biológico, como alguns pretendem, um grumo de células, um objeto que, devidamente aproveitado, passa a ter utilidade social e valor comercial. Consideram inadmissível eliminar um ser humano para aproveitar-se de seu corpo ou parte dele, o que ocorre com a utilização das células-tronco embrionárias humanas, mesmo que a finalidade seja procurar cura para algumas doenças. Os cientistas, contudo, apostam nas possibilidades advindas da investigação sobre as células embrionárias, vislumbrando grandes avanços no tratamento e na cura de doenças como Mal de Parkinson e Alzheimer, diabetes, doenças degenerativas e cardíacas, medula seccionada, entre outras.
Um exemplo prático desse conflito é relatado por Marlene Braz, médica psicanalista : “Pela possibilidade de se estabelecer uma relação com o seu "embrião", o casal passa a viver um problema ético.O que fazer com os