Trabalhos escolares

Assim termina a metafísica[->0] de Leibniz[->1] numa aproximação à teodiceia[->2], ao otimismo[->3]. Para Leibniz[->4] o mundo[->5] criado por Deus[->6], o universo[->7] das mônadas[->8], é o melhor, o mais perfeito[->9] dos mundos possíveis. Se nos pusermos a excogitar, do perito de vista da lógica[->10] pura, verificaremos que havia um grande número[->11], um número infinito[->12] de mundos possíveis, mas Deus criou o melhor dentre eles. Este princípio[->13] do melhor se pode qualificar de ótimo, e a teoria[->14] leibniziana de que este mundo criado por Deus é o melhor dos mundos possíveis é o otimismo.

Porém esta tese[->15] do otimismo se choca com grandes dificuldades: as dificuldades inerentes ao mal[->16] que existe no mundo. Como se podo dizer que este mundo é o melhor dos mundos possíveis quando a cada momento[->17] vemos os homens assassinarem-se brutalmente uns aos outros; vemos os homens morrerem de mágoa, de nojo; vemos a in felicidade[->18], a dor[->19], o choro reinarem no mundo? Ora, que mundo melhor possível[->20] é este! E então, em quinhentas páginas de um livro que se chama Teodiceia ou justificação[->21] de Deus, Leibniz se esforça paru mostrar que, com efeito[->22], existe mal no mundo; porém que este mal é um mal necessário[->23]. Ou seja, que dentro da concepção e definição[->24] do melhor mundo possível, algum mal também entra. Qualquer outro[->25] mundo que não[->26] fosse este, teria mais mal do que este; porque é forçoso que em qualquer mundo haja mal, e este é o mundo em que há menos mal. Não pode haver mundo sem mal, por três razões: o mal metafísico procede de que o mundo é limitado, finito[->27], é finito e não pode deixar de ser[->28]; o mal físico[->29] procede de que o mundo em sua aparência[->30] fenomênica, na realidade[->31] de nossa vida[->32] intuitiva, é material, e n matéria[->33] traz consigo a privação[->34], o defeito, o mal; e, de outra parto, o mal moral[->35] tem que existir[->36] também, porque é condição[->37] do